terça-feira, 16 de outubro de 2007

OBJETIVOS: Três critérios básicos para sua definição

Pode me dizer, por favor, que caminho devo pegar?
Depende de para onde você quer ir, - disse o gato.
Não me importa muito onde..., - disse Alice.
Então não importa o caminho que você pegue, - respondeu o gato.

Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll.

Vamos começar pelo começo: pelos alvos ou objetivos que desejamos atingir.

Quanto mais precisa e positivamente conseguirmos definir o que queremos, e quanto mais programarmos nosso cérebro para procurar e perceber possibilidades, maiores probabilidades teremos de obter aquilo que queremos. As oportunidades existem quando são reconhecidas como tais.

Para viver a vida que desejamos, precisamos saber o que desejamos. Ser eficiente significa produzir os resultados desejados. O primeiro passo é escolher. Se você não o fizer, sempre haverá quem queira escolher por você.

Como saber o que desejamos? Criando um objetivo.

Há muitas regras para se fazer isso. Podemos dizer de maneira condensada que a criação de um objetivo bem formulado deveria seguir basicamente três critérios.

  1. Saber o que quer. Ter uma idéia clara do objetivo desejado em qualquer situação. É preciso saber o resultado que deseja atingir. Se não souber para onde está indo, fica impossível chegar lá.
  2. Estar alerta e receptivo para observar o que está conseguindo. Uma parte importante é o treinamento da percepção sensorial, onde colocar sua atenção e como modificar e ampliar seus filtros (crenças, baseadas em seus conhecimentos - paradigmas) para poder observar coisas que não percebia anteriormente.
  3. Ter flexibilidade para continuar mudando até conseguir o que deseja. Você precisa ter a sensibilidade para observar se o que está fazendo o está levando a obter o que deseja. Caso contrário, se não estiver dando resultado, faça outra coisa, qualquer outra coisa. É preciso ouvir, ver e sentir o que está acontecendo e ter uma ampla gama de respostas. Se você só fizer aquilo que sempre fez, só obterá aquilo que sempre obteve. Se o que você está fazendo não está dando resultado, faça outra coisa.

Vamos ver na pratica como funciona essa técnica. Suponha que você vai fazer um passeio de carro com a família. Decide-se para onde se quer ir; este é o objetivo inicial. Começa-se a dirigir observando o caminho, percepção sensorial. Compara-se o caminho tomado com o local para onde se deseja chegar e, caso o caminho esteja errado, muda-se o rumo, flexibilidade. Este ciclo é repetido até que se chegue ao destino final.

Em seguida estabelece-se o próximo objetivo. Muito raramente há um caminho claro e direto até o ponto que se deseja chegar. 

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terça-feira, 9 de outubro de 2007

APRENDER, DESAPRENDER E REAPRENDER.

Era de Aquário, Astrol: período em que a Terra estará sob influência da constelação de Aquário, a partir do século XXI. Segundo os movimentos esotéricos, nessa fase, os seres humanos tornar-se-ão mais evoluídos e conscientes, pensando mais nas questões sociais e ecológicas, e haverá muito progresso científico e paz.

Com o mundo globalizado podemos dizer, com certa segurança, que estamos na Era da Informação, novas informações nos chegam a todo o momento e sempre que nos deparamos com uma nova informação teremos duas possibilidades:

  1. Distorcê-la e procurar encaixar em nossas velhas categorias.
  2. Deixar a nova informação se organizar por si mesma.

A que sempre se escolhe é tentar encaixar essa nova informação em nossas velhas categorias: “Não é isso como...” ou “Isso me lembra a...”. É natural enlaçar algo novo com algo que já conhecemos e ao que estamos acostumados. Tentamos organizar esta nova informação dando-lhes um significado mais familiar. A familiaridade nos faz sentir menos inseguro e com maior previsibilidade. Sentimos que temos algum controle e quanto mais controle tivermos menos medo teremos. Tenderemos compulsivamente organizar a nova informação que nos chega. No entanto, a atitude mais correta que deveríamos treinar é a utilização da segunda opção, deixando que com o tempo ela se organize. Esta é a chave!

Embora só possamos aprender conscientemente uma pequena parcela das informações que o mundo nos oferece, percebemos e reagimos inconscientemente a muitas outras coisas.

Uma forma de aprender é dominar conscientemente pequenos segmentos de comportamento e reuni-los em seguimentos cada vez maiores, de modo a torná-los habituais e inconscientes. Criamos hábitos para podermos prestar atenção a outras coisas.

A aprendizagem é uma habilidade que se divide em quatro estágios:

  1. Incompetência inconsciente. Não sabemos fazer algo, e não sabemos que não sabemos. Se alguém nunca dirigiu carro não tem a mínima idéia do que isso significa.
  2. Incompetência consciente. Então a pessoa começa a aprender a dirigir e logo descobre as suas limitações. Aprende conscientemente a trocar as marchas, pisar na embreagem, freio, etc. E toda sua atenção volta-se para isso, mas a pessoa ainda não é competente e dirige apenas nas ruas de menor movimento.
  3. Competência consciente. Podemos dirigir, mas precisamos de muita concentração. Aprendemos a técnica, mas ainda precisamos de muita concentração.
  4. E por fim, a competência inconsciente. E este é nosso objetivo. Todos os pequenos padrões que aprendemos com tanto esforço juntam-se numa harmônica unidade de comportamento. E, a partir de então, podemos admirar a paisagem, ouvir rádio e conversar enquanto dirigimos. Nossa mente consciente estabelece o objetivo e deixa que a inconsciente cuide dele, liberando a atenção para outras coisas.

Após um treinamento exaustivo, conseguimos atingir o quarto estágio e formar hábitos. Neste ponto, a habilidade tornou-se inconsciente. Entretanto, os hábitos nem sempre são a maneira mais eficiente de executar uma tarefa. Nossas crenças e conhecimentos acumulados no decorrer de nossas vidas acabam filtrando e nos fazendo perder algumas informações que são essenciais para chegarmos à competência inconsciente.

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sábado, 6 de outubro de 2007

AÇÃO: UMA PODEROSA ATITUDE

Reais e centavos aparte, o que distingue o sucesso do fracasso?

O que permite um homem relativamente normal alcançar a grandeza ou riqueza financeira e outro aparentemente igual, apenas ser capaz de dispor do pagamento de suas despesas mensais?

Muitos diriam conhecimento, mas há tantos homens e mulheres de estupenda inteligência, morando de aluguel ou em seus pequenos apartamentos, sacrificando-se ao máximo para levar uma vida digna. Conhecimento é fundamental, mas obviamente é uma pequena peça do quebra-cabeça.

Alguns se referem à ambição como a porta de entrada para o sucesso. Ambição é crucial! Mas o que é ambição? Simplesmente um desejo para riqueza, fama ou melhoria?

O motorista parado ao seu lado no semáforo, o pedestre que caminha lenta ou apressadamente pela calçada, o trabalhador de fábrica que agarra toda oportunidade de melhoria que surge, não são ambiciosos? Seguramente todos eles o são.

O fato é que está escoando ambição ao seu redor, mas ouvimos tão poucas histórias reais de sucesso. Indubitavelmente, desejar o sucesso, desejar a riqueza, desejar a felicidade é essencial para o homem alcançar a proeminência, mas o desejar (ambicionar) simplesmente é apenas um sonho, uma fantasia. Como o conhecimento, o desejo (ambição) é um pedaço necessário, mas não o todo.

Portanto qual é o componente misterioso que permite a 5% da população viver em luxo e 95% ter que lutar constantemente para uma situação financeiramente estável ou suportável? Podemos afirmar que este componente básico sozinho não levará ninguém ao sucesso. Mas uma receita bem dosada de certos ingredientes o fará. Nós identificamos duas qualidades necessárias para o sucesso financeiro, mas a terceira e mais importante, o ingrediente final, o fermento de nossa massa financeira, aquela que a fará crescer.

Qual é este ingrediente poderoso?

AÇÃO!

Ação transforma sonhos em realidade, idéias em algo tangível, útil, e bonito! Ação separa o ter do não ter. Ação transforma seus sonhos em bens materiais! Conhecimento adequado adicionado com um punhado de ambição e misturado
com uma boa dose de ação permitirá ao homem voar. Ação é a chave! Sem isto, cérebro repleto de conhecimento e coração jorrando ambição é inútil. Quantas idéias incríveis foram enterradas com os corpos de homens e mulheres comuns porque não tiveram a determinação de agir? Paralisado, talvez pelo medo do fracasso. Quantas boas ou grandes idéias Você teve, mas nunca achou tempo para realizá-las?

Grandes homens e mulheres que estão dispostos a adquirir conhecimento, que tem desejo pulsando em seus corações e a coragem para agir de fato nas suas idéias, merecem e alcançarão o sucesso. Por mais comum que estas pessoas possam parecer, elas fazem uma coisa que a maioria não faz. Elas colocam em ação suas idéias! Embora esta seja uma missão simples, mas na realidade uma tarefa de vida permanente empreendida por poucos.

Perceba que suas idéias são pepitas de ouro (mental), mas só é atingido fisicamente por intermédio da ação, usando as ferramentas corretas para garimpá-lo. Conhecimento e ambição podem guiá-lo ao fluxo cintilante onde o ouro o espera, mas você tem que estar disposto a dar o chute inicial, arregace as mangas, exalte seu coração e comece a receber as recompensas.

Decida hoje que suas idéias valem o esforço. Faça assim e poderá estabelecer seu valor neste mundo. Simplesmente aja! Apenas faça!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Riqueza, pobreza, ganância e virtude

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Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.

Este parágrafo foi retirado de Uma Mensagem a Garcia. Uma insignificância literária como se refere o autor a esta obra, Elbert Hubbard.

Bem lembrado por um leitor amigo que esta semana releu-a. Caso você ainda não teve o privilégio de lê-la, não perca tempo.

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sexta-feira, 1 de junho de 2007

No Stress

Dois amigos conversando.
- Por que você fugiu da prisão?
- Queria me casar.
- Seu conceito de liberdade e' mesmo muito estranho.


A jovem que retorna de viagem com o avo, comenta com o irmão.
- Revistaram toda a bagagem do viúvo na alfândega.
- E ele não ficou zangado? - perguntou o irmão.
- Que nada! Encontraram os óculos que ele tinha perdido há duas semanas.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Sucesso X Bloqueio Mental (Medo)

O medo do fracasso ao buscar o sucesso é um problema que assola várias pessoas, mas com atitudes mentais corretas pode-se burlar essa situação.

A capacidade da mente de operar mudanças no seu meio físico está se tornando cada vez mais aceita. Sem uma correta atitude mental, as chances de ser bem-sucedido serão mínimas. Quanto maior sua aceitação deste poder e quanto mais aplicá-lo à sua vida, melhora as probabilidades de transformar seus projetos (sonhos) em realidade.

Brain

Vamos supor que em uma determinada atividade você almeje ganhar R$ 100,00 extras por semana, e que consegue realizá-lo. Se ficar contente com este valor então pode se considerar uma pessoa bem-sucedida. Mas se por outro lado, no fundo de sua alma, sua pretensão secreta era ganhar R$ 500,00 semanais, você não será bem-sucedido. Você só é de fato bem-sucedido quando atinge os objetivos que lhe são importantes em seu íntimo. O sentimento de fracasso emerge naqueles que desejam muito e realizam pouco, enquanto que, uma pessoa pode ser próspera, mesmo desejando pouco.

Para diferentes pessoas o sucesso representa coisas diferentes. Fazer aquilo que o torna feliz e ficar satisfeito com a sua realização é o que resulta numa vida bem-sucedida.

Mas para procurarmos alcançar um grau de prosperidade superior a aquele que temos no momento, é preciso vencer um dos maiores bloqueios mentais que nos impede de realizar o que quer que seja. Este bloqueio mental é o medo, ele pode paralisá-lo; e isso não é tão incomum como pode parecer à primeira vista. Note aqui que existe uma diferença entre o medo e a prudência. A prudência em exagero, fatalmente nos levará ao medo de agir.

O Jô Soares toda vez que inicia uma apresentação em teatro, para uma platéia nova, isto já é publico e declarado por ele em seus programas, fica com a boca completamente seca. É muito natural sentir-se apreensivo quando se inicia um novo projeto. Afinal, você irá se deparar com coisas novas, entrar em contato com pessoas que nunca viu e absorver uma quantidade de novas informações. Experimentamos alguma forma de tensão só de pensar no que teremos que fazer, isto nos diferencia dos animais.

O medo serve a um propósito real e necessário, um fator de auto defesa e você nunca se livrará dele inteiramente. O que nos interessa aqui discutir é o medo exagerado, paralisante, que nos impede de tomar decisões necessárias e corretas.

Aquele que não se expõe ao risco de fracassar, passará por essa existência vivendo artificialmente através dos sonhos e projetos dos outros, nunca terão a satisfação de criar algo novo.

homer_brain Uma ação que fracassa deve ser considerada como um aprendizado e se continuar a trilhar o caminho que escolheu você será bem-sucedido, porque foi isso que planejou. Você nunca será bem-sucedido se não correr o risco de fracassar.

A ação é o antídoto contra o medo, quanto mais enfrentar aquilo que teme, menos esse medo dominará sua vida. Procurando ser sempre o senhor da situação, seu cérebro armazena essas experiências de sucesso e, quando se deparar em uma situação semelhante ele recorrerá a essas lembranças de sucesso e lhe injetará confiança em vez de pânico. A confiança decorre de uma experiência bem-sucedida. Concentrando-se nos seus pontos fortes e no que é capaz de fazer, e não em suas fraquezas e deficiências, sua autoconfiança aumentará.

Pessoas bem-sucedidas não nasceram sabendo como construir um negócio bem-sucedido, elas aprenderam desenvolvendo o seu negócio, todas já passaram pela fase em que você se encontra agora. À medida que for conhecendo as pessoas bem-sucedidas no seu negócio você verá que a maioria delas não tem nenhum talento ou habilidade natural que você não possua. Geralmente são pessoas comuns que empenharam seu tempo e energia de maneira consistente e foram persistentes durante um determinado período até começarem a colher os frutos de seu esforço.

Assuma o comando de sua mente e consequentemente sua vida mudará.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Evite a protelação

Quando não conseguimos agir prontamente como deveríamos diante de uma tarefa, que por ventura, achamos desagradáveis, não é porque ela seja extremamente difícil, e sim, por termos adquirido o hábito de protelar sempre que for possível. Se formos capazes de mudar nossos hábitos de pensamentos, venceremos este problema. A protelação está relacionada com vários fatores, mas principalmente é um padrão de comportamento enraizado na personalidade.

A perspectiva de mudar um hábito já enraizado desanima muitas pessoas, por isso é tão difícil parar de fumar, beber, etc. (logicamente aos possuidores destes hábitos). Elas tentaram fazer isso por meio de simples promessas pessoais, confidenciais, e falharam. Tipo de decisão que se toma todo o Ano Novo. Mas, acredite, não é tão difícil assim. Basta seguir os passos corretos neste novo caminho.

agirAntes de mais nada você tem que decidir que dar inicio à mudança imediatamente é importante, tão logo termine de ler este texto, quando ainda está motivado. Pense agora, em alguma tarefa que você vem adiando, force você neste exato momento a executá-la.

Inicie todos os dias começando por fazer, o que houver de mais desagradável em sua lista de "tarefas a executar". Normalmente a tarefa mais desagradável será muitas vezes um assunto insignificante. Observe aqui que não me referi aos assuntos importantes de sua lista, estes devem ter seus horários específicos.

Este tipo de comportamento irá determinar o ritmo do seu dia inteiro de trabalho. A sensação de contentamento que dominará você, ao saber que, com apenas alguns minutos de trabalho, já realizou o que tinha de mais desagradável para fazer durante o dia. Policiando-se neste comportamento por mais alguns dias, fortalecera as raízes deste novo hábito pelo resto de sua vida.

Apesar de recomendá-lo de seguir este procedimento pelo menos uma vez por dia, você irá notar em breve que suas decisões serão influenciadas no decorrer de todo o dia. Todo o momento que se deparar diante de uma tarefa desagradável, sentirá um impulso incontrolável para executá-la imediatamente. As tarefas detestáveis, ou desagradáveis, devem estar em primeiro lugar de sua lista ao invés do último.

Agora uma recomendação; durante o principio, período em que irá enraizar o novo hábito, duas ou três primeiras semanas, seja duro consigo mesmo não se permita abrir nenhuma exceção. Seja persistente durante os primeiros minutos do dia, durante todos os dias, neste período de afirmação inicial, pode ter certeza de que você adquirirá um novo hábito de valor inestimável, para o resto de sua vida.

Então o que está esperando, ponha isso de lado e comece. Agora.

Post relacionado:
Soluções para Ladrões do Tempo - Encarcerando

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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ditado Chinês

Há um ditado chinês que diz:

Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão e ao se encontrarem eles trocarem os pães, cada homem vai embora com um PÃO...
Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada cada um carregando uma idéia e ao se encontrarem eles trocarem as idéias, cada homem vai embora com duas...

Sempre que possível troque idéias, elas esclarecem, acrescentam, ajudam, evoluem... Ainda que você não precise, servirão para o outro!

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quarta-feira, 23 de maio de 2007

O LADO BOM DOS ACONTECIMENTOS

Luis é o tipo de pessoa que você gostaria de conhecer.

Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: Melhor a cada dia que passa.

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
-Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo. Como faz isso?
Ele me respondeu:
-A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo:
-Luis, você tem duas escolhas hoje:
-Pode ficar de bom humor ou de mau humor.
-Eu escolho ficar de bom humor.

-Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.
-Eu escolho aprender algo.
-Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
-Certo, mas não é fácil
- argumentei.
-É fácil sim, disse-me Luis.
-A vida é feita de escolhas.
-Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha.
-Você escolhe como reagir às situações.
-Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor.
-É sua a escolha de como viver sua vida.

Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha. Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes. Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.

Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em eu corpo. Encontrei Luis mais ou menos por acaso

Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
-Melhor a cada dia que passa.
Contou-me o que havia acontecido perguntando:
-Quer ver minhas cicatrizes?
Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
-A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás. Respondeu.
-Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas:
-Poderia viver ou morrer. Escolhi viver!
-Você não estava com medo? Perguntei.
-Os para-médicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom.
-Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: "Esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.
-O que fez?
Perguntei.
-Bem! Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas.
-Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.
-Eu respondi: -"Sim"!
-Todos pararam para ouvir a minha resposta.
-Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!
-Entre risadas lhes disse: - "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto".

Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.

E com isso, aprendi que todos os dias, não importam como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente.

Afinal de contas,
ATITUDE É TUDO.

Agora você tem duas opções: - Somente ler esta mensagem ou transmiti-la aos seus amigos para que possam tirar conclusões e repassá-la a outras pessoas.

Eu particularmente escolhi colocá-la no meu Blog para Você!!!
Tenha um excelente dia!
Ou melhor...
Tenha uma excelente vida!!!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

ROBERT FROST: QUANDO UM POEMA É IMORTAL?

Robert Lee Frost no Wikipédia!!!É absurdo pensar que o único meio de saber se um poema é imortal seja aguardar que ele perdure. Quem sabe ler um bom poema deve poder dizer, no momento em que é por ele atingido, se recebeu ou não um golpe de que nunca mais se curará.

Significa isto que a perenidade em poesia, como no amor, apreende-se instantaneamente; não necessita de ser provada pelo tempo. A verdadeira prova de um poema não reside no fato de nunca o havermos esquecido, mas de nos apercebermos imediatamente de que jamais poderemos esquecê-lo.

Robert Frost (1874-1963).

Robert Lee Frost (San Francisco, Califórnia, 26 de março de 1874 - 29 de janeiro de 1963) foi um dos mais importantes poetas dos Estados Unidos do século XX. Frost recebeu quatro prêmios Pulitzer.

O pai bebia, jogava e era excêntrico e irascível. A mãe era o oposto: religiosa e culta, foi quem apresentou ao filho o mundo da literatura. Com a morte do pai em 1885, a família muda-se para a Nova Inglaterra, região à qual Frost e sua poesia seriam permanentemente associados no futuro (embora o poeta também tenha passado longas temporadas em Michigan e na Flórida).

Em 1890, publica seu primeiro poema, começa a dar aulas e realiza pequenos serviços em fazendas e moinhos. A vida que levava nesse período moldou sua personalidade poética: Frost foi um dos poetas norte-americanos que melhor combinou em seus versos o popular e o moderno, o local e o universal.

Em 1895, inicia-se uma nova fase em sua vida:... Continue lendo no Wikipédia...

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terça-feira, 8 de maio de 2007

Voltaire: A Era da Razão

Pensai por vós próprios! –Conselho que dava constantemente aos seus contemporâneos.

Posso não concordar com uma única palavra do que está a dizer, mas defendo incondicionalmente o direito que lhe cabe para o dizer!
Há quem atribua esta frase célebre a Voltaire. Na verdade, ela é de autoria de um de seus biógrafos que, desta forma, resumiu a luta permanente que Voltaire travou pela liberdade de pensamento.

Insistiu no direito de cada um duvidar daquilo em que não podia crer, com isso foi caracterizado de ateu. Ele mesmo respondeu, não aos acusadores, mas ao Criador:

Ó Deus desconhecido, a quem todas as Tuas obras proclamam,
Ó Deus, escuta estas minhas últimas palavras:
Se alguma vez errei, foi em busca da Tua lei;
O meu coração pode extraviar-se, mas está cheio de Ti.

voltaire É a voz de um coração contrito e humilde que soa. Nunca atacou a fé sincera, ridicularizou foi a credulidade supersticiosa, a imitação falsificada da fé.

Considerava o homem como um ser livre, responsável pelas suas próprias ações e senhor de uma consciência capaz de julgar os seus atos.

Voltaire odiava a crueldade e a intolerância e atacou-as com um espírito cujo sentido de justiça o tornava brilhante: transformava a ira em diversão e o fogo em luz. O meu ofício, comentava, é dizer o que penso. Seus pensamentos encontram-se em noventa e nove volumes de obras de teatro, poemas, novelas e artigos.

Das oito mil cartas que escreveu a pessoas famosas há uma máxima interessante, supostamente tirada de uma das cartas enviadas a Catarina, a Grande, da Rússia:
Perdoe-me, senhora, se escrevi carta tão comprida. Não tive tempo de fazê-la curta.

Constantemente seus livros recentemente publicados, eram censurados e lançados, publicamente, em fogueiras. Toda a Europa podia ler, naquelas chamas, o que o autor pensava das autoridades militares, das curas miraculosas, do direito divino dos reis e do Santo Ofício.

Culpado de todo o bem que não fez, referenciando-se ao Cardeal Mazarino. Voltaire podia aniquilar um homem com uma simples frase.

Nasceu em Paris, no dia 21 de Novembro de 1694, sendo batizada com o nome de François Marie Arouet, que mais tarde adotou o pseudônimo Voltaire.

Ao leito de morte, pediu ao secretário escrever em seu testamento:
Morro adorando a Deus, amando os meus amigos, sem odiar os meus inimigos e detestando a superstição.

Saiba mais sobre Voltaire em:
No Submarino.com.
Wikipédia.
Web português.
Web várias línguas.

 

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Elbert Hubbard: Trabalho Criativo

O prazer do trabalho criativo consiste em descobrir que você está extraindo pepitas de poder de seu próprio universo, e o achado vem como uma grande e grata surpresa.

Leia a excelente obra: - Uma mensagem a Garcia do mesmo autor neste Blog.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Como nasce um paradigma

Para refletir e absorver este conhecimento...

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.

Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.

Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.

Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

Caricatura Albert EinsteinNão perca a oportunidade de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem pensar...

"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO" (Albert Einstein)


terça-feira, 24 de abril de 2007

Uma mensagem a Garcia

Gostaria de ter inaugurado este Blog com este texto que tomei conhecimento em meados de 1985 e faz parte de minha vida desde então. É um tema que não importe o tempo que passe será sempre atual. O texto é longo, mas vale a pena ler até o final.

Recomendo que o releia a pelo menos cada 6 meses.

Espero que você aprecie e possa tirar bons frutos dessa mensagem.

Alberto Mengozzi


Apologia do Autor

Esta insignificância literária, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevia-a uma noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1899, aniversário natalício de Washington, e o número de Março da nossa revista "Philistine" estava prestes a entra no prelo. Encontrava-me com disposição de escrever, e o artigo brotou espontâneo do meu coração, redigido, como foi, depois de um dia afanoso, durante o qual tinha procurado convencer alguns moradores um tanto renitentes do lugar, que deviam sair do estado comatoso em que se compraziam, esforçando-me por incutir-lhes radioatividade.

A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado pelo meu filho Bert, ao tomarmos café, quando ele procurou sustentar ter sido Rowan o verdadeiro herói de Guerra de Cuba. Rowan pôs-se a caminho só e deu conta do recado - levou a mensagem a Garcia. Qual centelha luminosa, a idéia assenhoreou-se de minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado - que leva a mensagem a Garcia.

Levantei-me da mesa e escrevi "Uma mensagem a Garcia" de uma assentada. Entretanto liguei tão pouca importância a este artigo, que até foi publicado na Revista sem qualquer título. Pouco depois de a edição ter saído do prelo, começaram a afluírem pedidos para exemplares adicionais do número de Março do "Philistine": uma dúzia, cinqüenta, cem: e quando a American News Company encomendou mais mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o artigo que havia levantado o pó cósmico.

-"Esse de Garcia" - retrucou-me ele.

No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de Ferro Central de Nova York, dizendo: "Indique preço para cem mil exemplares do artigo Rowan, sob forma folheto, com anúncios estrada de ferro no verso. Diga também até quando pode fazer entrega".

Respondi indicando o preço, e acrescentando que podia entregar os folhetos dali a dois anos. Dispúnhamos de facilidades restritas e cem mil folhetos afiguravam-se-nos um empreendimento de monta.

O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo conforme lhe aprouvesse. Fê-lo então em forma de folhetos, e distribui-os em tal profusão que, duas ou três edições de meio milhão se esgotaram rapidamente. Além disso, foi o artigo reproduzido em mais de duzentas revistas e jornais. Tem sido traduzido, por assim dizer, em todas as línguas faladas.

Aconteceu que, justamente quando o Sr. Daniels, estava fazendo a distribuição da Mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas de Ferro Russas, se encontrava neste país. Era hóspede da Estrada de Ferro Central de Nova York, percorrendo todo o país acompanhando o Sr. Daniels. O príncipe viu o folheto, que o interessou, mais pelo fato de ser o próprio Sr. Daniels quem o estava distribuindo em tão grande quantidade, que, propriamente por qualquer outro motivo.

Como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua Pátria mandou traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar a cada empregado de estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros países; da Rússia o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Hindostão e China. Durante a guerra entre Rússia e o Japão, foi entregue um exemplar da "Mensagem a Garcia" a cada soldado russo que se destinava ao front.

Os japoneses, ao encontrar os livrinhos em poder dos prisioneiros russos, chegaram à conclusão que havia de ser cousa boa, e não tardaram em vertê-lo para o japonês. Por ordem do Mikado foi distribuído um exemplar a cada empregado, civil ou militar do Governo Japonês.

Para cima de quarenta milhões de exemplares de "Uma Mensagem a Garcia" tem sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série de circunstâncias felizes. - E. H.

East Aurora, dezembro 1, 1913.


Uma Mensagem a Garcia.

Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se da sua colaboração, e isto quanto antes. Que fazer? Alguém lembrou ao Presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan".

Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a carta a Garcia - são cousas que não vem ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou-a e nem sequer perguntou: "Onde é que ele está"?

Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze imarcescível e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem instrução sobre isto ou aquilo. Precisa, sim de um endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se altivo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.

O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitos se torne precisa, tem sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada cousa e fazê-la.

Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante, e trabalho mal feito, parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe como auxiliar um anjo de luz.

Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e pede-lhe: "Queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e de me fazer uma descrição sucinta da vida de Corrégio". Dar-se-á o caso do empregado dizer calmamente: "Sim, Senhor" e executar o que se lhe pediu?

Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das seguintes perguntas:

Quem é ele?

Que enciclopédia?

Onde é que está a enciclopédia?

Fui eu acaso contratado para fazer isso?

Não quer dizer Bismark?

E se o Carlos o fizesse?

Já morreu?

Precisa disso com urgência?

Não será melhor que eu traga o livro para o senhor mesmo procure o que quer?

Para que quer saber isso?

E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão por que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar Garcia, e, depois voltará para te dizer que tal homem não existe. Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de explicar ao teu "ajudante" que Corrégio se escreve com "C" e não com "K", mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso: "Não faz mal; não se incomode", e, dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo. E esta incapacidade de atuar independentemente, esta inépcia moral, esta invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se por em campo e agir - são as cousas que recuam para um futuro tão remoto o advento do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda precisam ser feitorados. O que mantém muitos empregados no seu posto e o faz trabalhar é o medo de se não o fizer, ser despedido no fim do mês. Anuncia precisar de um taquígrafo, e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem pontuar - e, o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo. Poderá uma pessoa destas escrever uma carta à Garcia?

"Vê aquele guarda-livros", dizia-me o chefe que uma grande fábrica.

"Sim, que tem";

"É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu o mandasse fazer um recado, talvez se desobrigasse da incumbência a contento, mas também podia muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas, e que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incumbência que lhe fora dada".

Será possível confiar-se a um tal homem uma carta para entregá-la a Garcia?

Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol a sol, para com os infelizes desempregados à cata do trabalho honesto, e tudo isto, quase sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no poder.

Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal, que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que "matar o tempo", logo que ele volta às costas. Não há empresa que não esteja despedindo pessoal que se mostre incapaz de zelar pelos seus interesses, a fim de substituí-lo por outro mais apto. E este processo de seleção por eliminação está se operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que, quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais escrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incompetentes e os inaproveitáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu próprio interesse, trata somente de guardar os melhores - aqueles que podem levar uma mensagem a Garcia.

Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente inútil para qualquer outra pessoa, devido a suspeita insana que constantemente abriga de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: "Leve-a você mesmo". Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho, em quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o conheça se aventura a dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito de réplica. Refratário a qualquer conselho ou admoestação, a única cousa capaz de nele produzir algum efeito seria um pontapé dado com a ponta de uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.

Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado como este, não é menos digno de compaixão que um fisicamente aleijado. Entretanto, nesta demonstração de compaixão, vertamos também uma lágrima pelos homens que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente encanecidos na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atroz, justamente daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.

Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiado carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de empecilhos, sabe dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez verifique que nada ganhou; nada salvo a sua mera subsistência.

Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também tenho sido patrão. Sei, portanto, que alguma cousa se pode dizer de ambos os lados.

Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.

Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao destinatário, esse homem nunca fica "encostado" nem tem que se declarar em greve para forçar um aumento de ordenado.

A civilização busca ansiosa, insistentemente, homens nestas condições. Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele em cada cidade, em cada, vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume nisso: Precisa-se, e precisa-se com urgência de um homem capaz de levar uma mensagem a Garcia.

Elbert Hubbard.


quinta-feira, 19 de abril de 2007

IF (SE) - Rudyard Kiplin

Penso ser este o mais belo poema no qual um pai dá conselhos a seu filho sobre como ser um homem de bem. Vale a pena ser registrado.

Tradução de Guilherme de Almeida.

SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses, no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem,
meu filho!

Rudyard Kipling

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Texto extraido do site Wikipédia

Joseph Rudyard Kipling!!! Joseph Rudyard Kipling (Bombaim, Índia, 30 de Dezembro de 1865 - 18 de Janeiro de 1936) foi um autor e poeta britânico.

Em 1907 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.

Foi educado em Bideford, na Inglaterra. Em 1882 voltou à Índia, onde trabalhou para jornais britânicos. Começou sua carreira literária em 1886 e tornou-se conhecido como escritor de contos.

Foi o poeta do Império Britânico e seus soldados, que retratou em vários contos, alguns deles reunidos no volume Plain Tales from the Hills', de 1888.

Em 1894 lançou O livro da selva, que se tornou internacionalmente um clássico para crianças, também conhecido pelo seu personagem principal: o pequeno Mowgli, retratado em um filme e em um desenho produzido pelos Estúdios Walt Disney.